Quase 70 animais são salvos diariamente em áreas urbanas fluminenses ou em locais de difícil acesso, e devolvidos com segurança à natureza
Em meio aos desafios e emergências constantes que enfrentam no dia a dia, nos 92 municípios fluminenses, soldados do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro têm provado que são verdadeiros heróis também para a rica fauna fluminense. Só para se ter uma ideia, mais de 5.200 animais foram resgatados pelos bombeiros de janeiro até o dia 24 de março, conforme o último levantamento da corporação, em áreas urbanas ou de difícil acesso. Duzentos a mais que no mesmo período, no ano passado.
Em todo ano de 2024 foram 25 mil animais salvos – uma média de quase 70 por dia – em diferentes situações, como em beira de encostas, enchentes, incêndios, acidentes, cativeiros, entre outras circunstâncias. O número também inclui os socorros realizados durante as chuvas históricas no Rio Grande do Sul.
– Esses dados demonstram a amplitude do trabalho incansável dos bombeiros na preservação da vida, em todas as suas formas, e a importância de sua atuação em diferentes situações de emergência. São também um exemplo claro do compromisso do Governo do Estado com a preservação da vida e da nossa rica biodiversidade – destaca o governador Cláudio Castro.
No Estado do Rio, no primeiro trimestre deste ano, os bombeiros resgataram pelo menos 1.200 cobras, 1.035 gambás e mais de 900 cães e gatos, sem contar com dezenas de jacarés, cavalos, pássaros de diferentes espécies, preguiças e até cabritos, como ocorreu na última sexta-feira, na Serra de Aperibé, no Noroeste Fluminense.
Operação a mais de 60 metros de altitude durou cerca de 9 horas
O Corpo de Bombeiros, por meio do quartel de Itaocara, resgatou na tarde desta sexta-feira (09/05), cinco cabritos que estavam encurralados há 13 dias, em uma área de difícil acesso, a cerca de 60 metros de altura, na Serra da Bolívia, em Aperibé. Os bombeiros foram acionados por moradores da região, após perceberem que os animais permaneciam há vários dias no mesmo ponto da montanha, sem água e alimento.
A força tarefa durou cerca de 9 horas. Diante da complexidade da situação, o resgate exigiu técnicas específicas de salvamento em montanha, com a participação de seis montanhistas e equipamentos de primeiros socorros. A equipe realizou a descida por rapel. A operação contou com o apoio de um drone, que auxiliou os militares na localização precisa dos animais, orientando-os durante toda a ação.
Em Vassouras, outra operação difícil, no salvamento de dois cavalos
Dois dias antes, na quarta-feira da semana passada, dois cavalos foram resgatados após ficarem presos nos trilhos de uma ponte sobre a linha férrea em Vassouras, no Centro-Sul Fluminense, na divisa com o distrito de Juparanã, em Valença. Os animais foram resgatados com o auxílio de cordas e de um caminhão munck, após uma longa operação, que também exigiu técnica e paciência. Após o resgate, a Polícia Militar recebeu os cavalos, localizou o proprietário e os devolveu ao dono.
