O projeto Estrela do Amanhã, desenvolvido em Petrópolis pela Firjan SESI com o patrocínio da GE Celma, concluiu as atividades deste ano com a tradicional Mostra Cultural. Na última sexta-feira (18), cerca de 150 alunos subiram ao palco para mostrar o que aprenderam com as oficinas de contação de história, teatro, dança e capoeira. A ação mostrou um pouco de tudo o que foi implementado em escolas da rede pública do município e em organizações sociais. Com 18 anos de existência no município, o projeto chega a beneficiar mais de mil alunos anualmente. Com a plateia cheia, os alunos foram os protagonistas das apresentações das diferentes manifestações culturais no Teatro da Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp (FMP/FASE), parceira do projeto.
A iniciativa que começou com uma ação de voluntariado, com colaboradores da GE Celma, desde 2010 passou a ter a gestão da Firjan SESI, por meio da Lei de Incentivo. Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Petrópolis, o Estrela do Manhã é desenvolvido de forma continuada em três escolas da rede pública, com as oficinas de teatro, dança e capoeira. Já a oficina de contação de história contempla a cada mês uma unidade escolar do município, além de organizações sociais, para o desenvolvimento de potencialidades em jovens em risco social.
“O projeto que, com parceria e gestão da Firjan ganhou corpo, tem um valor muito grande para a formação e educação dessas crianças, que recebem muito mais que complementação escolar. O Estrela do Amanhã oferece opções, mostra diversos caminhos do bem que podem ser seguidos por essa juventude, que é o futuro do nosso país”, destacou Julio Talon, diretor-presidente da GE Celma e presidente da Firjan Serrana.
Durante a Mostra Cultural, os alunos apresentaram trabalhos que abordaram temas do cotidiano, com o intuito de alertar para questões que fazem parte da realidade social em que os jovens vivem. Com a dança e contação de história foram ressaltados temas como igualdade social, combate à violência e ao preconceito. Com o teatro, os alunos representaram clássicos da literatura nacional, além de montagens feitas especialmente para o evento.
“Com esse projeto buscamos desenvolver as potencialidades dos alunos e mostrar novos caminhos, o que contribui diretamente para a formação desses jovens e transformação de realidades”, destacou Eliane Damasceno, coordenadora de projetos integrados de Responsabilidade Social da Firjan SESI.
A possibilidade de transformar vidas e garantir o acesso à cultura tem sido um dos diferenciais do Estrela do Amanhã. “Ficamos muito felizes em ver como o projeto cresceu nos últimos anos, conseguindo promover e democratizar o acesso à cultura, o que para esses jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social, aqui no território de Petrópolis, ainda é muito restrito”, destacou Rita Rodrigues Valente, especialista da Responsabilidade Social da Firjan SESI.
Projeto contribui para o desenvolvimento dos alunos e incentiva a busca por novas habilidades
A familiar da aluna especial, Laura Batista que tem síndrome de down e participa da capoeira, destaca a importância do projeto. “Esse projeto agregou muito, pois ajudou muito no desenvolvimento dela. Contribuiu para a coordenação motora e para a socialização. Nós ficamos muito felizes pelo projeto tê-la abraçado”, contou Juliana Tibucheski, familiar da aluna.
Com 12 anos de idade, a aluna Emily Santanna da Silva, descobriu no teatro uma atividade que pretende praticar a vida toda. “Para mim o teatro foi uma inspiração. É uma atividade que ajuda as pessoas a desenvolverem os talentos, aprender novas coisas. Quero muito continuar fazendo teatro”, destacou.
Para o professor da oficina de teatro, Fred Justen, por meio do teatro os alunos conseguem unir todos os conhecimentos adquiridos com o projeto. “Os alunos têm a oportunidade de ter acesso a diferentes representações culturais. Com o teatro é possível desenvolver habilidades diversas e com as montagens conseguimos ampliar conhecimento, apresentar novos horizontes. É muito gratificante observar o desenvolvimento dos alunos”, pontuou Fred Justen.
